19/10/2021 às 16h48min - Atualizada em 19/10/2021 às 16h48min

VAZOU!

Na reta final da CPI do COVID, trechos importantíssimos do relatório são vazados para a imprensa.

Pedro Albuquerque Teles
Instalada a quase 6 meses, a comissão parlamentar de inquérito vem investigando o PR da República, Jair Bolsonaro pela condução da pandemia no nosso país. Após vários depoimentos, discussões e análises sobre todas as ações (ou a falta delas) do governo federal, a CPI chega à reta final, onde o Senador Renan Calheiros (MDB - AL), relator da CPI deve apresentar o documento para a leitura e votação do mesmo

O vazamento do relatório não tem um autor confirmado, embora haja alguns boatos de que o próprio Renan Calheiro possa ter vazado para a imprensa. No relatório há trechos que acusam Bolsonaro de genocídio, indícios de omissão e desprezos técnicos.

"O governo federal criou uma situação de risco não permitido, reprovável por qualquer cálculo de custo-benefício, expôs vidas a perigo concreto e não tomou medidas eficazes para minimizar o resultado, podendo fazê-lo. Aos olhos do Direito, legitima-se a imputação do dolo (intenção de causar dano, por ação ou omissão)" diz parte do relatório de 1.052 páginas.

Além do pedido de indiciamento do presidente, o relatório também deve pedir o indiciamento de mais de 66 pessoas, incluindo o diretor da Prevent Senior, operadora de saúde que também virou alvo sa CPI.

Por conta da situação complicada do vazamento do relatório e por conta de divergências sobre a tipificação técnica e concreta do indiciamento de Jair Bolsonaro, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD - AM), decidiu adiar a leitura final do relatório que deveria acontecer nesta terça-feira (19), passando para a próxima semana, na quarta-feira (20). A data da votação do documento também foi adiada, passando da quarta-feira (20) para a terça-feira (26).

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