06/05/2022 às 09h11min - Atualizada em 06/05/2022 às 09h11min

EDP Mantém planos de vender usina hidrelétrica de Mascarenhas em Baixo Guandu

A venda das usinas da EDP faz parte dos planos de reduzir a exposição em ativos hídricos e aumentar presença em energia solar.

Rio Doce em Pauta
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A EDP Brasil confirmou ontem (05) que fechou exclusividade e está negociando a venda de duas Usinas Hidrelétricas com o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) segundo a assesoria de imprensa da própia empresa.

As usinas em conversa de venda com a CDPQ são as usinas de Jari (392,95 MW) e Cachoeira do Caldeirão (219MW), ambas localizadas no Amapá. A Empresa não divulgou os valores da negociação. Com a negociação para venda das duas Usinas a EDP confirmou que a usina de Mascarenhas continua à venda.

No ano passado, a companhia fechou um acordo de exclusividade com a Votorantim para a venda das usinas de Jari, Cahoeira do Caldeirão e Mascarenhas mas não chegaram a um acordo. 

A venda das usinas faz parte dos planos de reduzir a exposição em ativos hídricos e aumentar presença em solar.

 

“Queremos vender, mas não somos obrigados. Quero explicar com toda clareza: se não for possível que o mercado pague o valor que achamos justo, ficaremos com os ativos”, disse o diretor-presidente da companhia, João Marques da Cruz, durante videoconferência sobre os resultados do quarto trimestre de 2021.


Inicialmente a EDP pretendia vender junto com as outras duas usinas a Hidréletrica de Mascarenhas, que acabou ficando de fora da negociação.

A UHE Mascarenhas, aparece entre as 10 primeiras posições do ranking de melhores usinas do Brasil segundo a ANEL. O órgão regulador avaliou 148 usinas de geração de energia na campanha de fiscalização realizada em 2019 e 2020.

A UHE Mascarenhas

Situada em área pertencente aos municípios de Baixo Guandu (ES) e Aimorés (MG), a usina começou a gerar energia em agosto de 1973 com duas unidades de 34,65 MW, sendo inaugurada oficialmente em junho de 1974 com a entrada em operação da terceira unidade de mesma potência.

A Escelsa assumiu a responsabilidade pelas obras do aproveitamento hidrelétrico de Mascarenhas, no Rio Doce, iniciadas pela Central Brasileira em 1965, no primeiro ano de funcionamento dessa empresa como subsidiária da Eletrobras.

Com 104 MW de capacidade instalada, Mascarenhas chegou a assegurar naquele momento, 1974, a autosuficiência de energia elétrica do Espírito Santo.

Segundo dados do banco de geração da Aneel, a Usina Mascarenhas é capaz de gerar 198.000 kW de potência.

EDP Distribuição

No segmento de distribuição, a EDP formalizou junto à Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, a intenção de renovar sua concessão para operar no Espírito Santo, e o processo corre de forma “positiva”. O contrato de concessão da companhia vence em julho de 2025.
 

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