Concurso "Miss França" é processado por utilizar critério de beleza

O concurso de beleza "Miss França" está enfrentando processo acusado de discriminação por realizar a seleção de concorrentes baseado na aparência física, critério que seria, dentre outros, considerado "Abusivos".

Após entrarem para o grupo feminista Osez le Feminisme (Ouse ser uma feminista), três ex-postulantes do concurso se uniram para processar os donos dos direitos de realização do Miss França, além da Endemol, a empresa respnsável por exibir o concurso para o canal francês TF1.

Os critérios para participar do concurso, criticados ao longo dos anos, são de que as cadidatas devem ser solteiras, ter mais de 1,70m e serem consideradas "representativas da belea".

As candidatas devem comprovar também nunca terem sido casadas ou terem tido filhos e não podem engordar durante a competição além de manter o mesmo penteado. São vetadas também às candidatas terem tatuagens ou piercings, apenas brincos são permitidos.

O processo argumenta que o Miss França violou as leis trabalhistas da frança ao utilizar critérios de seleção que seriam discriminatórios.
A advogada de Osez le Feminisme, Violaine De Filippis-Abate, disse à agência France Presse que, de acordo com a legislação trabalhista francesa, as empresas estão proibidas de discriminar pessoas com base em "moral, idade, situação familiar ou aparência física".

O Miss França tem uma tradição de 101 anos. Além do território francês na Europa, departamentos ultramarinos da França, como Martinica, Taiti e Guiana Francesa, enviam candidatas. No ano passado, Clemence Botino, representante de Guadalupe, foi coroada Miss França.