30/09/2023 às 14h47min - Atualizada em 30/09/2023 às 14h47min

​Instituto Terra reúne autoridades ambientais e governamentais para celebração dos seus 25 anos e lança Programa Terra Doce para recuperação de áreas degradadas

Durante o evento o Prefeito Lastênio Cardoso e o Governador Casagrande se comprometeram a providenciar uma área para o Instituto Terra implantar um viveiro em Baixo Guandu

Assessoria Instituto Terra
Rooster Produtora
Referência global como agente de mudanças socioambientais, o IT faz chamado para união entre entidades da sociedade civil que tem como propósito a causa ambiental
Aimorés, 30 de setembro de 2023 - Com proposta de iniciar uma frente em prol da restauração de áreas degradadas no vale do Rio Doce, o Instituto Terra promoveu um encontro no sábado, 30 de setembro. Estiveram presentes para a agenda, que celebrou os 25 anos da Instituição fundada por Lélia e Sebastião Salgado, autoridades e convidados.

Juliano Salgado, que está à frente do Instituto Terra há 7 anos, foi empossado como novo presidente da entidade e anunciou uma agenda positiva para impulsionar o Programa Terra Doce em conjunto com outras organizações para recuperar variadas regiões em processo de degradação.

"Nosso objetivo é a elaboração de um projeto conjunto para recuperação de áreas degradadas nos diversos biomas brasileiros. Temos 2 anos de árduo trabalho para que o documento seja apresentado na Cop-30, em 2025, em Belém, no Pará", resume Juliano.


Patrocinado pelo KfW - banco estatal alemão, e pelo WWF Brasil, o Programa Terra Doce, mais novo e ambicioso projeto do Instituto Terra, representa uma quebra de paradigma no modelo das práticas de recuperação de nascentes.
Criado este ano, o Terra Doce tem o propósito de associar o resgate de nascentes em pequenas e médias propriedades à implementação de sistemas agroflorestais e iniciativas variadas de educação ambiental e produção cultural.

Trata-se de um modelo de reflorestamento integrado à cadeia produtiva como um consórcio que une floresta, gado e lavouras para restabelecimento da frequência de chuvas na região da Bacia do Rio Doce. 

Com aporte financeiro de 13.1 milhões de euros, a parceria estabelecida entre o KfW e o Instituto Terra para implementar o Programa Terra Doce, prevê a recuperação de nascentes de pequenas e médias propriedades da região da Bacia do Rio Doce em municípios como Conselheiro Pena, Itueta, Pocrane, Resplendor e Santa Rita do Itueto.

Ainda em 2023 está projetado o resgate de mais de 4 mil nascentes a partir do plantio de 2 milhões de novas árvores, totalizando 200 hectares de agrofloresta.

"Durante o último trimestre iremos impactar cerca de 2 mil pessoas com os programas de educação ambiental do Instituto Terra", explica o novo presidente do Instituto.


Estruturada por três pilares essenciais - Ciência, Democracia e Transformação Social -, a metodologia desenvolvida pelo Instituto Terra para reflorestar áreas degradadas tem a finalidade de combater os efeitos das mudanças climáticas que afetam a Bacia do Rio Doce. A região castigada pelo desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem da cidade de Mariana, em 2015, vem sofrendo intensamente com a escassez das chuvas. "Há um avançado processo de desertificação em curso na região, que recebe 40% menos chuvas do que em 2001, afetando diretamente as atividades de pequenos e médios produtores rurais, povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos", complementa Juliano.

Durante o evento, o Instituto Terra também anunciou a expansão de sua capacidade de reflorestamento com a compra de uma área vizinha à Fazenda Bulcão. 

A nova propriedade de 354 hectares aumenta cerca de 40% dos limites da atual RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), que é a primeira do Brasil reconhecida a restaurar uma região totalmente degradada.

Cortada pelo córrego Chucha, a nova propriedade tem um platô agricultável, porém, em sua maior parte encontra-se degradada com acentuado aclive, o que contribui de forma significativa para grande assoreamento dos córregos, problema que afeta a maioria das áreas encontradas na região.

Instituto Terra
25 anos em números:

• Área total da RPPN Fazenda Bulcão: 608,69 hectares;
• Hectares de áreas recuperadas: 2.100 hectares de mata reflorestada (sendo
608,69 na RPPN);
• Produção de mudas nativas da Mata Atlântica em viveiro: 6,7 milhões desde
2002;
• Projetos ambientais: 84 mil pessoas atendidas pelos projetos de educação ambiental, sendo mais de 200 Agentes em Restauração Ecossistêmica;
• Total de árvores plantadas na RPPN: 3 milhões de árvores;
• Total de mudas gestadas: 7 milhões de mais de 300 espécies nativas;• Número de espécies animais que retornaram à floresta: Ao menos 235 espécies, sendo
13 delas em risco de extinção;
, Número de nascentes recuperadas na Bacia do Rio Doce: Mais de 2 mil nascentes e mais de 4 mil outras garantidas até 2027;
• Número de visitantes do Instituto Terra: Mais de 145 mil visitantes;
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