10/03/2023 às 08h54min - Atualizada em 10/03/2023 às 08h54min

Jovem Guanduense perde o pai vítima de um erro médico e história de vida vira documentário

A história é retratada no documentário “O menino que ousou sonhar grande”, que está sendo produzido pela JE VÍDEOS, empresa produtora de audiovisual guanduense.

Acervo Pessoal
Luis Filipe Faier tinha apenas 10 anos quando sua vida passou por uma reviravolta. “Meu pai me deixou na porta da escola, bem, e depois só fui vê-lo dentro do caixão”, lembra ele. Durante 5 anos o jovem guanduense passou por muitas dificuldades. Até conhecer um projeto social que mudou a sua vida “Minha vida mudou por completo após o projeto, e eu tinha que multiplicar o impacto que recebi”, conta. Onze anos depois ele faz um consignado e monta seu próprio projeto, idêntico ao que o acolheu lá atrás e hoje atende cerca de 50 jovens na cidade.

A história é retratada no documentário “O menino que ousou sonhar grande”, que está sendo produzido pela JE VÍDEOS, empresa produtora de audiovisual guanduense. HISTÓRIA DE VIDA – Em 2008 Luis perdeu seu pai por conta de um erro médico, em 2012, com seus 3 irmãos, teve o seu primeiro contato com a música, na Fanfarra da Escola João Júlio Cardoso, no bairro Valparaíso, onde ficou por 9 anos e teve sua vida transformada. O jovem conta que na banda, ele se sentiu útil, abraçado e acolhido pelas instrutoras da época, Michele Sousa e Maysa Soares, sob a orientação do maestro Luiz Mathias Santos Junior e era lá que ele esquecia dos problemas de casa, luz cortada, água atrasada, gás acabando e muita humilhação. Após sair da Fanfarra da escola João Júlio, ele decidiu fazer um curso de regência musical e proporcionar para outros jovens e adolescentes a mesma experiência que proporcionaram para ele lá atrás.



Em 2019, sem recursos, o jovem guanduense fez um consignado (empréstimo) para montar o projeto e custear a compra de escaletas, baquetas, tecido e itens para reformar os instrumentos de percussão (bumbos e caixas) velhos que estavam desativados nas escolas municipais. SUPERAÇÃO – A superação, segundo Luis, não foi fácil e aconteceu em etapas. “Primeiro tive que entender e aceitar o que havia acontecido comigo’’, superar os preconceitos, as dificuldades de casa, a depressão da minha mãe.

O projeto social me ajudou 85% nesse processo de superação. E foi através dele que consegui superar”, explica. O DOCUMENTÁRIO – O documentário é baseado em toda a trajetória de superação de Luis, desde a morte do pai a criação da banda COMUZZB. O documentário reúne uma série de entrevistas de pessoas próximas ao jovem e familiares que de alguma forma também vivenciaram a história. O lançamento do documentário será dia 11/03 e estará disponível no Youtube.

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