06/09/2022 às 21h10min - Atualizada em 06/09/2022 às 21h10min

Hospital Bom Samaritano realiza mutirão de cirurgia coclear para desafogar fila provocada pela pandemia

Em meio a demanda reprimida dos últimos dois anos, hospital busca opção para acelerar as cirurgias e mudar a vida de pessoas com problemas de surdez


Diminuir a fila de pacientes em espera e melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem com problemas auditivos. Esse é o objetivo do mutirão organizado pelo Hospital Bom Samaritano (HBS) que pretende, em 30 dias, realizar nove cirurgias cocleares. Número bem maior do que o praticado normalmente, que é de duas cirurgias de implantes por mês.  

Com a suspensão de cirurgias eletivas durante o período pandêmico, muitos pacientes não puderam passar pelo procedimento, financiado integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Estamos abrindo novos horários na tentativa de diminuir a espera por cirurgias que ficaram represadas. Vamos realizar algumas este mês e outras pessoas já estão fazendo os exames pré-operatórios. Sem o mutirão, muitos podem perder um tempo precioso no seu tratamento da surdez, principalmente as crianças”, explica Emerson Monteiro, médico otorrinolaringologista, empolgado com a possibilidade de atender as necessidades dos pacientes que aguardam pela cirurgia coclear.  

Dos procedimentos agendados, dois são de implante bilateral, ou seja, o paciente, com idade igual ou inferior a três anos, vai receber durante a cirurgia, um aparelho para o lado direito e outro para o lado esquerdo. Os sete restantes são de implantes unilaterais, pacientes com idade maior que três anos. Neste caso, realizam um implante por vez. “Alguns vão receber o primeiro aparelho, outros já o segundo e isso é importante, ter os dois ouvidos funcionantes possibilita uma maior integração com o espaço, melhora a capacidade de defesa e ajuda na interação”, destaca o médico.   

O Hospital Bom Samaritano se destaca por oferecer todo o tratamento necessário, desde diagnósticos até procedimentos mais complexos, como a cirurgia coclear.  Em 2021, mesmo com a pandemia, foram realizados 15 implantes e cerca de 4.000 consultas especializadas.

Sobre o Implante

O implante coclear é um aparelho eletrônico digital que pode restaurar a função auditiva nos pacientes portadores de surdez severa a profunda que não se beneficiam de próteses auditivas convencionais.
O implante funciona estimulando diretamente o nervo auditivo através de pequenos eletrodos colocados dentro da cóclea. Estes estímulos são levados via nervos auditivos para o cérebro.

Esse implante pode ser realizado a partir dos seis meses de vida, somente contraindicado em pacientes que possuem alguma má formação de coclear ou ausência de nervo ativado, diagnóstico possível através de exames como a ressonância magnética e a tomografia.

O Implante é realizado pelo SUS, mas o tempo de espera depende de cada caso e da fila. Geralmente, demora de três a cinco meses, após a pessoa ter passado por avaliação. Crianças têm prioridade na solicitação.

O custo varia de acordo com o avanço do aparelho, modelos mais simples 45 mil e mais avançados chegam a 90 mil reais. O SUS e os planos de saúde cobrem cirurgia e aparelho.

Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS)  

Complexo Hospitalar Bom Samaritano

Mantido pela Beneficência Social Bom Samaritano, que há 73 anos trabalha em prol da saúde dos valadarenses e de moradores dos mais de 85 municípios de todo Vale do Rio Doce, o Hospital Bom Samaritano está em pleno funcionamento há 22 anos, mas desde 1998 presta o serviço de combate ao câncer na cidade (23 anos como hospital do Câncer de Governador Valadares).

É considerado um Complexo Hospitalar, tem cerca de 1.440 colaboradores (incluindo os serviços terceirizados) e é responsável por cerca de 40% dos leitos hospitalares da cidade. O HBS teve em 2021, 88,53% dos seus atendimentos voltados para pacientes encaminhados pelo SUS o que reforça seu caráter filantrópico e os outros 11.47% de atendimentos restantes são de convênios, particulares e filantropia.

Números de 2021, registrados no Relatório de Gestão da mantenedora, mostram que foram realizados 8.054 internações hospitalares e 310.479 atendimentos ambulatoriais.

O Hospital Bom Samaritano conta com residência médica, autorizada pelo MEC, nas áreas de Cardiologia, Nefrologia, Otorrinolaringologia, Intensivista e Oncologia Clínica e tem convênio com a Universidade Federal de Juiz de Fora e com a Univale, ambos para garantir espaço de estágio aos estudantes, cumprindo seu papel e sua missão junto à comunidade onde está inserido.

E considerado referência em alta complexidade para toda a região nas áreas de Oncologia, Nefrologia, Cirurgia Bariátrica, Ouvido Biônico, Cardiologia, Traumatologia e Ortopedia, sendo todos serviços os credenciados pelo SUS e administra UPA 24h considerada Tipo III de Complexidade Intermediária (100% SUS).

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