03/01/2022 às 13h56min - Atualizada em 03/01/2022 às 13h56min

Centro de Atendimento do PGMBM reabre dia 05 de janeiro em Valadares

Atualização de dados também pode ser feita pelo 0800 031 10 40

Rio Doce em Pauta
Divulgação/PGMBM
Moradores dos municípios atingidos pela tragédia de Mariana em 2015, terão nova oportunidade para fazerem parte da ação movida pelo escritório de advocacia PGMBM contra a mantenedora da Samarco na Inglaterra.

A decisão partiu da direção do escritório em Londres em função da grande procura presencial nos últimos dias de funcionamento, especialmente em Valadares. “Apesar das pessoas poderem atualizar os dados pelo 0800 031 10 40, muita gente prefere fazer isso presencialmente, ainda temos a questão dos idosos que tem dificuldade de fazer pelo telefone e dos menores que não podem responder e dependem dos responsáveis, por isso, o PGMBM decidiu ampliar o serviço para que todos continuem na ação”, explica Pedro Martins, advogado sócio do PGMBM.

Os clientes já cadastrados também têm a opção de atualizar suas informações pelo 0800 031 10 40.

A atualização do registro é mais um passo dentro do processo judicial que o PGMBM iniciou contra a BHP (uma das controladoras da Samarco), na Inglaterra, em nome de milhares de pessoas impactadas pela tragédia da barragem do Fundão de Mariana, em 2015. Mais de 130 mil pessoas já atualizaram seu registro, seja por meio dos Centros de Atendimento ou ligando para o 0800 031 10 40.

Dona Maria de Lourdes Oliveira, de 60 anos, é um dos clientes que já realizaram a atualização de dados. Moradora do município de Vargem Alegre, a aposentada viajou cerca de 90 km para fazer o cadastro presencialmente. Ela conta que a lama que desceu no Rio Doce, acabou com a atividade pesqueira essencial para complementar a renda familiar.

 
“Acabou com os peixes, não tive ajuda de ninguém. No dia que tem água boa a gente bebe, quando não sobra dinheiro para comprar, fervo e tomo”, explica.

O Centro de Atendimento aos clientes vai reabrir no dia 5 de Janeiro nos seguintes municípios:

Governador Valadares-MG - Novo endereço: Rua Marechal Floriano, 1431 - Centro.
Colatina – ES - Novo endereço: Avenida Sílvio Avidos, 855, Bairro São Silvano
Baixo Guandu-ES - Mesmo endereço: Avenida 10 de abril, 644.
    
Quem não fizer a atualização presencial: Pode faze-la pelo telefone 0800 031 10 40 ou pelo site: www.casomariana.com.br.

Desastre aconteceu há seis anos

Considerado o maior desastre ambiental da história do Brasil, o rompimento da barragem do Fundão em Mariana aconteceu há mais de seis anos, e até hoje muitos continuam à espera de serem adequadamente compensados pelas suas perdas.
Em 2018, o escritório PGMBM entrou com uma ação no Tribunal Superior de Liverpool contra a BHP Group Plc (antiga BHP Billiton PIc) e BHP Group Limited, controladoras da Samarco, pedindo que o caso fosse julgado na Inglaterra, país sede da BHP.  Em julho de 2021, um painel de juízes do Tribunal de Recurso (formado pelo Lord Justice Geoffrey Vos, Chefe da Divisão Civil do Tribunal de Apelações, Lord Justice Nicholas Underhill, Vice-presidente do Tribunal de Recursos, e Lady Justice Sue Carr), reabriu o processo e concedeu permissão para recorrer da decisão negativa de 2020.
Em Abril de 2022, o Tribunal de Recurso Inglês decidirá se o caso pode ser julgado na Inglaterra.

Sobre o PGMBM

PGMBM é uma parceria única entre advogados britânicos, brasileiros e americanos, motivados a defender vítimas de delitos cometidos por grandes corporações, com escritórios em Londres, Estados Unidos, Holanda e Brasil. O escritório é especializado em casos de poluição e desastres ambientais originados no Brasil e em outras partes do mundo, tratando de reclamações decorrentes dos desastres de Mariana e Brumadinho, bem como de vários outros desastres ambientais significativos. O PGMBM também está na vanguarda das reivindicações dos consumidores no Reino Unido, representando milhares contra Volkswagen, Mercedes, British Airways, EasyJet, Bayer AG, Johnson & Johnson e outras grandes empresas multinacionais.



 
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