02/12/2021 às 17h19min - Atualizada em 02/12/2021 às 17h19min

Caso Mariana: 3.500 pessoas por semana reafirmam seu envolvimento no processo contra a BHP na Inglaterra

Centro de Atendimento em Baixo Guandu funciona até o dia 19 de dezembro. Depois disso, as atualizações de dados somente poderão ser feitas por telefone

Rio Doce em Pauta - Redação
Assesoria PGMBM
Vivi Silva
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Cerca de 3.500 pessoas por semana têm procurado os Centros de Atendimento do Caso Mariana montados em 12 cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo atingidas diretamente pelo rompimento da Barragem do Fundão, há seis anos, para atualizar suas reivindicações existentes e reafirmar seu envolvimento no processo que o escritório inglês PGMBM move contra a BHP (controladora da Samarco) na Inglaterra.

Uma audiência na Alta Corte de Londres, marcada para abril de 2022, decidirá sobre a jurisdição do processo, ou seja, se o caso será julgado na Inglaterra. “É muito importante continuarmos a lutar depois de termos tido sucesso na reabertura do caso”, informa Pedro Henrique C. A. Martins, sócio do PGMBM. Segundo ele, trata-se da maior ação coletiva relacionada a um desastre ambiental nos tribunais ingleses, com pedido de indenização avaliada em torno de R$ 35 bilhões.

“As pessoas podem ter certeza de que seus dados serão mantidos em sigilo e que serão usados apenas para compartilhar atualizações importantes à medida que o caso avançar”, afirma Martins. “Acreditamos que os atingidos serão devidamente compensados dentro de um prazo razoável na Inglaterra.” diz ele.

Devido à procura, os centros de atendimento foram recentemente ampliados com mais posições de atendimento. Em Baixo Guandu, uma das cidades mais impactadas pelo desastre de Mariana, o Centro de Atendimento funciona na Avenida 10 de abril, 664. O atendimento é de domingo a domingo, das 8 às 20h, inclusive em feriados. A atualização de dados demora cerca de 15 minutos.

O Centro de Atendimento de Baixo Guandu funcionará até o dia 19 de dezembro. Após seu fechamento, o cadastro somente poderá ser completado pelo telefone 0800 031 1010, que, aliás, também já está atendendo os inscritos no processo.

Desastre aconteceu há seis anos

Considerado o maior desastre ambiental do Brasil, o rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, aconteceu há mais de seis anos e até agora nada foi resolvido no Brasil. Em 2018, o escritório PGMBM entrou com uma ação na Corte Superior de Liverpool contra a BHP Billiton, uma das controladoras da Samarco, pedindo que o caso fosse julgado na Inglaterra, país sede da BHP. Uma decisão negativa havia sido proferida em 2020. Mas em julho de 2021, um painel de juízes (formado pelo Lord Justice Geoffrey Vos, Chefe da Divisão Civil do Tribunal de Apelações, Lord Justice Nicholas Underhill, Vice-presidente do Tribunal de Apelações, e Lady Justice Sue Carr), concedeu recurso do PGMBM e reabriu o caso.
 
Serviço:

Informações : https://casomariana.com.br
Contato Centros de Atendimento: 0800 031 10 40.

Sobre o PGMBM

PGMBM é uma parceria única entre advogados britânicos, brasileiros e americanos, motivados a defender vítimas de delitos cometidos por grandes corporações, com escritórios em Londres, Estados Unidos, Holanda e Brasil. O escritório é especializado em casos de poluição e crimes ambientais originados no Brasil, tratando de ações decorrentes do desastre de Mariana e Brumadinho, bem como vários outros desastres ambientais significativos. 

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