Vítima de tragédia de Brumadinho é identificada após seis anos

A corretora de imóveis Maria de Lurdes da Costa Bueno é a 268ª vítima identificada. Ela estava em Brumadinho a turismo para conhecer o Instituto Inhotim.

AG - GERAL
07/02/2025 18h27 - Atualizado há 1 mês

 


A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta sexta-feira (7) que segmentos corpóreos encontrados na região atingida pelo rompimento da barragem da mineradora Vale pertencem à corretora de imóveis Maria de Lurdes da Costa Bueno. Ela é a 268ª vítima identificada. 

 

 

 

Passados mais de seis anos da tragédia, os corpos de duas pessoas que perderam a vida no episódio - Tiago Tadeu Mendes da Silva e Nathália de Oliveira Porto Araújo - ainda estão desaparecidos.

 

 

 

 

 

 

 

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As buscas pelas vítimas são conduzidas pelo Corpo de Bombeiros que prometeu, diversas vezes, manter os trabalhos até a identificação de todos os mortos

 

 

 

O anúncio da identificação de Maria de Lurdes, que morreu aos 59 anos, foi destacado em postagem realizada nas redes sociais da Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum). "A luta por justiça, encontro, memória, não repetição e direito dos familiares não pode parar!", registra o texto. A publicação traz ainda uma foto de Maria de Lurdes com uma frase do filósofo e poeta Rubem Alves: "Aquilo que o coração ama, fica eterno".

 

 

 

 

Moradora de São José do Rio Pardo (SP), Maria de Lurdes estava em Brumadinho a turismo para conhecer o Instituto Inhotim, considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina. A Pousada Nova Estância, onde ele se hospdeva, foi engolida pelos rejeitos.

 

 

 

 

Também estavam na viagem seu marido, Adriano Ribeiro da Silva, sua enteada, Camila Taliberti, e seu enteado, Luiz Taliberti, que estava também acompanhado de sua mulher Fernanda Damian, grávida de cinco meses. Todos perderam a vida no episódio.

 

 

 

 

Em homenagem a Camila e Luiz, amigos e familiares fundaram o Instituto Camila e Luiz Taliberti (ICLT). Sediado em São Paulo e presidido pela mãe dos dois irmãos, Helena Taliberti, a entidade tem como objetivo a defesa dos direitos humanos e atua ao lado da Avabrum na preservação da memória e na cobrança por respostas para a tragédia em Brumadinho. 

 

 

 

 

A barragem integrava um complexo minerário da Vale na cidade de Brumadinho (MG). O colapso da estrutura no dia 25 de janeiro de 2019 liberou uma avalanche de rejeitos que deixou 270 pessoas soterradas. A maioria eram trabalhadores da própria mineradora ou de empresas terceirizadas que atuavam na mina.

 

 

 

 

A Avabrum contabiliza 272 vidas perdidas, considerando os bebês de duas mulheres que estavam grávidas. O episódio resultou ainda na destruição de comunidades e na degradação ambiental da bacia do Rio Paraopeba.

 

 

 

 

Seis anos

 

 

 

 

Até hoje, ninguém foi preso pelo rompimento da barragem. O processo criminal, inicialmente admitido na Justiça estadual, foi federalizado e atualmente está correndo o prazo para que os réus apresentem a defesa. 

 

 

 

 

Dezesseis pessoas haviam sido denunciadas, entre nomes associados à Vale e também à Tüv Süd, consultoria alemã que assinou o laudo de estabilidade da barragem. No entanto, o ex-presidente da mineradora, Fábio Schvartsman, obteve no ano passado um habeas corpus e deixou a condição de réu.

 

 

 

 

Há duas semanas, no marco dos seis anos da tragédia, a Avabrum coordenou um ato para homenagear os entes queridos e reiterar sua luta contra a impunidade. No ato, foi inaugurado o Memorial Brumadinho, pensado para ser um espaço de homenagem e de conexão com as vítimas. A construção foi uma exigência das famílias dos mortos. 

 

 


Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-02/vitima-de-tragedia-de-brumadinho-e-identificada-apos-seis-anos

 

 

FONTE: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-02/vitima-de-tragedia-de-brumadinho-e-identificada-apos-seis-anos
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